E a morte hein? Ainda que seja a única certeza do homem, ela é temida. Nestes dois longas disponíveis na #Netflix, a vida e a morte caminham lado a lado e o aprendizado é constante. Filmes que falam diretamente com o público jovem, sem pieguice ou escondendo a realidade de um tema que mais cedo ou mais tarde teremos que bater de frente.
1 – Em O Mínimo para Viver uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.
2 – Já em Sete Minutos Minutos Depois da Meia Noite, Conor, um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um um câncer em fase terminal, a avó é uma megera, e ele é maltratado na escola pelos colegas.
No entanto, todas as noites Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto.
Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades através do mundo da fantasia.
Em tempo: fiquem de olho nesse diretor J. A. Bayona
A história de The Shape of Water tem o foco em Elisa (Sally Hawkins), uma zeladora muda que trabalha em um laboratório onde um homem meio anfíbio (Doug Jones) é mantido em cativeiro. Quando ela acaba se apaixonando pela criatura, começa a fazer um plano para ajudá-lo a escapar com a ajuda de seu vizinho (Richard Jenkins). O mundo fora do laboratório, no entanto, pode se provar mais perigoso para o homem anfíbio do que Elisa poderia imaginar.
De início, não vi nada de tão extraordinário, de tão espetacular ou original em The Shape of Water que já não tenha visto em O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, Okja ou A Dama da Água. Fiquei a primeira uma hora me perguntando por que ele tem levado todos os prêmios a que concorreu e os citados acima não? Não sou dos fandom do Guillermo del Toro, mas tem muita gente por aí se derretendo com esta produção, somente pela assinatura do mexicano mais querido da galerinha geek.
Apesar do protesto, venho através deste dizer que esta é uma bela fábula de nosso tempo, com todos os ingredientes para virar um verdadeiro clássico do cinema contemporâneo. Del Toro, enfim, se redime. Graças à história, à direção, mas, principalmente, ao elenco de peso que conduz a trama de forma excepcional. Como disse, na primeira uma hora nada de novo. Nada que já não tenha visto em Okja/Amelie Poulain/ A Dama da Água (até na trilha sonora).
Como Del Toro gosta de misturar a ideia da fábula com violência, é aí que o longa vai se diferenciando e passa a ter um tom mais original. Não me surpreenderia se levasse a estatueta do Oscar nas categorias roteiro original, direção, atriz, atriz coadjuvante e ator coadjuvante. Se levar de filme, vai ser porque o negócio não foi tão produtivo em Hollywood no último ano, como se fato não tem sido há um bom tempo.
Melhor filme visto no fim de semana. Three Billboards Outside Ebbing Missouri é um filme policial de humor negro britânico-americano de 2017, escrito, produzido e dirigido por Martin McDonagh.
A história gira em torno de Mildred Hayes (Frances McDormand), que teve a filha brutalmente assassinada e o criminoso nunca foi encontrado pela polícia. Após perceber que o caso foi deixado de lado pela autoridade local, ela aluga três outdoors em uma estrada abandonada onde exige justiça ao xerife Bill Willoughby (Woody Harrelson).
Ponto alto é o ótimo elenco e o roteiro intrigante. Em determinado momento você acha tudo muito estranho e improvável, mas isso está longe de ser um ponto negativo. Filmão!
Call me by your Name é um belo filme, sensível em todos os sentidos. Merece ser visto e apreciado.
O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai. É neste cenário que se inicia a história de descobertas entre os dois.
A Bela e a Fera, lançado no início do ano passado, despontou como a maior bilheteria de 2017 até Star Wars – Os Últimos Jedi desbancar o longa da… Disney. No entanto, apesar do número impressionante do que foi arrecadado nas salas de cinema no mundo todo, o filme é um live action que consegue ser mais chato e sem graça do que a animação.
Aliás, isso tem sido uma regra desde sempre, as animações, geralmente, têm nos tocado bem mais além do que suas versões de carne e osso. Ainda assim, a ótima campanha publicitária da Disney rendeu mais de 1,2 bilhão de dólares em bilheteria no mundo todo, em 2017.
Sinopse:
Moradora de uma pequena aldeia francesa, Bela tem o pai capturado pela Fera e decide entregar sua vida ao estranho ser em troca da liberdade do progenitor. No castelo ela conhece objetos mágicos e descobre que a Fera é na verdade um príncipe que precisa de amor para voltar à forma humana.
O filme está concorrendo a oito Oscar, incluindo de melhor filme, diretor e roteiro adaptado.
Você é aquilo que os outros pensam que é; você é o que acha que é; você é quem realmente é. Alguém deve ter dito isso num passado distante, mas como nunca encontrei patente para a frase, tomo ela como minha, pois a repito desde sempre.
O longa Moonlight, um dos melhores filmes da temporada, é uma jornada em busca do “conhece a ti mesmo” (essa com dono) e em meio a tudo isso um drama cheio de intensidade, como quase todo filme sobre negros na sociedade americana. Little, Chiron e Black são três pessoas em uma em busca do automaticamente e auto aceitação.
O filme é dividido em três capítulos iniciando pela história do “moleque” que sofre todo tipo de perseguição apenas por ser diferente, agir diferente, pensar diferente. Na adolescência, as perseguições se intensificam, mas da mesma forma, Black começa a entender quem é. Quando adulto, Chiron até tenta ser quem não é, mas o destino (ou desejo) o faz voltar para tentar se encontrar mais uma vez.
Sempre achei que os filmes que contam a história de personagens afro-americanos pesam a mão na hora do drama, e da comédia também. E isso acontece em Moonlight em alguns momentos, mas longe de tirar o mérito da produção. Existem duas cenas de muita intimidade feitas de forma pontual, que são das coisas mais encantadoras do cinema.
Acima de tudo um filme que fala sobre o amor. É como aquela outra famosa (?) frase que diz que “Você só pode amar a outro se amar a si”. E aqui eu emendo: para amar a si é preciso se conhecer muito bem. O filme está concorrendo a oito Oscar, incluindo de melhor filme, diretor e roteiro adaptado.
4/5
Sinopse
Black (Trevante Rhodes) trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso.
A fotografia é o ponto alto filme. Imagens belíssimas por sinal, que não salvam a produção de um fracasso retumbante.
Depois de sair da sessão de A Cura, novo filme do diretor Gore Verbinski, você fica com algumas impressões, nem todas boas. Uma delas, talvez das principais, é a demora para conclusão de todo o suspense na tentativa errada de se criar um clássico de thriller psicológico.
São quase duas horas e meia de enrolação, referências, homenagens e quem sabe até plágio para chegar ao desfecho nem lá tão surpreendente. O filme cansa muito e, pelo menos na sala em que estava, com mais quatro pessoas (sim, na estreia e somente três casas na sessão) não teve muita animação.
Uma mistura de Drácula com Hitler, com O Iluminado e outras homenagens (?) a Kubrick. São tantas referências que te deixam muito entediado e não apresentam nada de novo ou instigante para o estilo. Basicamente conta a história do mocinho (nem tão moço assim) que vai em busca de um dos acionistas de uma grande empresa que foi se aventurar em um spa nos Alpes Suíços.
Chegando lá coisas estranhas começam a acontecer, pessoas a desaparecer e o mocinho a enlouquecer (?). Nada de novo abaixo do sol. Depois de mais de duas horas acompanhando a coisa toda a impressão que tive foi de que se fosse uma série, dessas que todo adolescente (ou não) aplaude na Netflix, talvez seria uma das melhores produções.
É sério, tem coisas que funcionam muito bem como série, mas fossem para a telona, sei não. E vice-versa, claro. Ah, a fotografia é o ponto alto filme. Imagens belíssimas por sinal, que não salvam a produção de um fracasso retumbante.
A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 11 a 23 de agosto, a mostra de cinema New Queer Cinema (NQC) – Cinema, Sexualidade e Política. Os 27 filmes exibidos de língua inglesa abordam formas alternativas de sexualidade, além de quatro títulos nacionais lançados entre 2013 e 2014. Ao todo, 14 longas, quatro médias e nove curtas.
Filmes cearenses também integram a programação, como os longas Doce Amianto e O Animal Sonhado – esse último será exibido na pré-estreia do evento, no dia 11 de agosto (terça-feira), às 20h, com a presença dos diretores. Além de Fortaleza, a mostra já passou pelo Rio de Janeiro (junho), e também deve circular por Salvador, São Paulo e Curitiba.
A mostra pretende apresentar ao público a produção do New Queer Cinema, um movimento de cineastas norte-americanos e britânicos que, na virada dos anos 1980 para os anos 1990, realizaram filmes de uma maneira política e ousada, que desafiavam normas politicamente corretas com as quais Hollywood e a televisão norte-americana passavam a tratar a homossexualidade.
Os artistas respondiam a falta de ações do governo e da sociedade durante a crise da AIDS criando filmes desafiadores que até hoje mantêm uma influência decisiva no cinema contemporâneo, incluindo nesse contexto o brasileiro.
Debates: Com curadoria de Denilson Lopes e Mateus Nagime, a mostra NQC também promove dois debates: dia 13 (quinta-feira), Um novo cinema queer brasileiro? e, dia 20, Performance e História. Além dos curadores, compõem as mesas o pesquisador André Antônio e o realizador Uirá dos Reis; e o pesquisador Chico Lacerda e o artista/pesquisador Pablo Assumpção, respectivamente.
“O objetivo da mostra é reavaliar esse intervalo de 25 anos, a relevância e o impacto do New Queer Cinema e o que ele representa na sociedade contemporânea, com novos debates e questões. Alguns filmes raros – especialmente curtas seminais da época – não tiveram sessões públicas no país. Também propomos pensar o que significa os poucos representados filmes queer brasileiros contemporâneos”, explica Nagime.
Durante a mostra, será lançado um livro-catálogo sobre o tema e seus antecedentes cinematográficos, políticos e acadêmicos. O material impresso contemplará traduções de textos relevantes sobre o NQC, fotos, sinopses e fichas técnicas dos filmes selecionados pela mostra, além de artigos inéditos de pesquisadores, críticos e artistas que trabalham com questões relacionadas a cinema e sexualidade.
“Rever os filmes é pensar como a questão das dissidências sexuais pode se colocar além das hetero e homonormatividades, ou seja, para além de padrões aceitáveis de sexualidades e afetos, tanto entre heterossexuais quanto homossexuais. Este é um momento particularmente especial em que a produção cinematográfica brasileira – especialmente por meio de uma nova geração – parece estar mais sensível a essa discussão, bem como a necessidade de criar pontes de diálogo ou acentuar os confrontos de forma criativa”, complementa Denilson Lopes.
O cearense O Animal Sonhado está entre os filmes que serão exibidos na Mostra.
Programação Fortaleza
Terça, 11/08
20h – Abertura
O Animal Sonhado (2015, 79min) de Breno Baptista, Luciana Vieira, Rodrigo Fernandes, Samuel Brasileiro, Ticiana Augusto Lima e Victor Costa Lopes
Classificação indicativa: 18 anos
*Com a presença dos diretores
Quarta, 12/08
16h
Urinal / Pissoir (1989, 100m) de John Greyson
Classificação indicativa: 18 anos
18h
Doctors, Liars & Woman / Doctors, Liars & Woman: Aids Activists Say No To Cosmo (1988, 23min) de Jean Carlomusto, Maria Maggenti
The Making of Monsters (1991, 35min) de John Greyson
Classificação indicativa: 12 anos
20h
Tatuagem (2013, 110min) de Hilton Lacerda
Classificação indicativa: 16 anos
Quinta, 13/08
16h
It’s a Sin (1987, 5min) de Derek Jarman
Eduardo II / Edward II (1991, 87 min) de Derek Jarman
Classificação indicativa: 16 anos
18h
The Dead Boys’ Club (1992, 26min) de Mark Christopher
Doce Amianto (2013, 70min) de Guto Parente, Uirá dos Reis
Classificação indicativa: 16 anos
20h
Debate 1
Um Novo Cinema Queer Brasileiro?
Mediação: Mateus Nagime
André Antonio (pesquisador)
Uirá dos Reis (realizador)
Sexta, 14/08
16h
Tongues Untied (1989, 55min) de Marlon Riggs
Seams (1993, 29min) de Karim Ainouz
Classificação indicativa: 14 anos
18h
The Queen is Dead (1986, 13min) de Derek Jarman
Batguano (2014, 74min) de Tavinho Teixeira
Classificação indicativa: 18 anos
20h
The Living End / The Living End (1992, 92min) de Gregg Araki
Classificação indicativa: 18 anos
Sábado, 15/08
16h
Fast Trip, Long Drop (1994, 54min) de Gregg Bordowitz
Looking for Langston (1989, 45min) de Isaac Julien
Classificação indicativa: 14 anos
18h
Estudo em Vermelho (2013, 16min) de Chico Lacerda
Veneno / Poison (1991, 85min) de Todd Haynes
Classificação indicativa: 16 anos
20h
Nation (1992, 1min) de Tom Kalin
Swoon – Colapso do Desejo / Swoon (1992, 93min) de Tom Kalin
Classificação indicativa: 18 anos
Domingo, 16/08
15h
The Watermelon Woman (1991, 90min) de Cheryl Dunye
Classificação indicativa: 12 anos
17h
Paciência Zero / Zero Patience (1993, 97min) de John Greyson
Classificação indicativa: 14 anos
19h
Young Soul Rebels (1991, 105min) de Isaac Julien
Classificação indicativa: 16 anos
Terça, 18/08
16h
Garotos de Programa / My Own Private Idaho (1991, 104 min) de Gus Van Sant
Classificação indicativa: 18 anos
18h
Urinal / Pissoir (1989, 100m) de John Greyson
Classificação indicativa: 18 anos
20h
Tatuagem (2013, 110min) de Hilton Lacerda
Classificação indicativa: 16 anos
Quarta, 19/08
16h
Doctors, Liars & Woman / Doctors, Liars & Woman: Aids Activists Say No To Cosmo (1988, 23min) de Jean Carlomusto, Maria Maggenti
The Making of Monsters (1991, 35min) de John Greyson
Classificação indicativa: 12 anos
18h
The Dead Boys’ Club (1992, 26min) de Mark Christopher
Doce Amianto (2013, 70min) de Guto Parente, Uirá dos Reis
Classificação indicativa: 16 anos
20h
It’s a Sin (1987, 5min) de Derek Jarman
Eduardo II / Edward II (1991, 87 min) de Derek Jarman
Classificação indicativa: 16 anos
Quinta, 20/08
16h
Estudo em Vermelho (2013, 16min) de Chico Lacerda
Veneno / Poison (1991, 85min) de Todd Haynes
Classificação indicativa: 16 anos
18h
Nation (1992, 1min) de Tom Kalin
Swoon – Colapso do Desejo / Swoon (1992, 93min) de Tom Kalin
Classificação indicativa: 18 anos
20h
Debate 2
Performance e História
Mediação: Denilson Lopes
Chico Lacerda (pesquisador)
Pablo Assumpção (artista e pesquisador)
Sexta, 21/08
16h
The Living End / The Living End (1992, 92min) de Gregg Araki
Classificação indicativa: 18 anos
18h
The Watermelon Woman (1991, 90min) de Cheryl Dunye
Classificação indicativa: 12 anos
20h
The Queen is Dead (1986, 13min) de Derek Jarman
Batguano (2014, 74min) de Tavinho Teixeira
Classificação indicativa: 18 anos
Sábado, 22/08
16h
Tongues Untied (1989, 55min) de Marlon Riggs
Seams (1993, 29min) de Karim Ainouz
Classificação indicativa: 14 anos
18h
Fast Trip, Long Drop (1994, 54min) de Gregg Bordowitz
Looking for Langston (1989, 45min) de Isaac Julien
Classificação indicativa: 14 anos
20h
Na Sua Companhia (2012, 22min) de Marcelo Caetano
No Skin Off My Ass (1991, 73 min) de Bruce LaBruce
Classificação indicativa: 18 anos
Domingo, 23/08
15h
Paciência Zero / Zero Patience (1993, 97min) de John Greyson
Classificação indicativa: 14 anos
17h
Young Soul Rebels (1991, 105min) de Isaac Julien
Classificação indicativa: 16 anos
19h
This is Not an AIDS Advertisement (1987, 14min) de Isaac Julien
O Animal Sonhado (2015, 79min) de Breno Baptista, Luciana Vieira, Rodrigo Fernandes, Samuel Brasileiro, Ticiana Augusto Lima, Victor Costa Lopes
Classificação indicativa: 18 anos
Serviço
Cinema New Queer Cinema – Cinema, Sexualidade e Política
Local: CAIXA Cultural Fortaleza Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema Data: 11 a 23 de agosto de 2015
Abertura: 11 de agosto de 2015, às 19h (coquetel com presença dos diretores ao final do filme)
Entrada: R$ 4,00 (inteira) e R$2,00 (meia) Vendas uma hora antes de cada sessão
Com direção de Clébio Viriato Ribeiro, A Lenda do Gato Preto é um filme de longa duração que se destina à exibição no circuito comercial de salas de cinema e salas digitais, no Brasil, em 2015. Sua avant-première mundial acontecerá no Cine São Luiz, 23 de junho de 2015, 21h, durante a realização do 25º Cine Ceará em Fortaleza.
O filme exalta a força da cultura cigana e sua contribuição para formação da identidade cultural brasileira. Uma proposta que respeita as diferenças das minorias étnicas, reconhecendo o legado que os povos ciganos (notadamente os que passaram pelo sertão nordestino em meados do século passado) deixaram às futuras gerações.
A historia se passa no sertão mas não fala de seca, cangaço e miséria. O filme tem ainda como mote inspirador uma lenda urbana propagada em Quixadá, município do sertão central do Ceará, que diz sobre uma menina tomada pelo desejo súbito e irresistível de subir pela parte mais íngreme da Pedra do Cruzeiro, vencendo seus 90 metros de altura sem a ajuda de qualquer equipamento, afirmando ser atraída por um gato preto que a conduzia até o topo da pedra.
Repleto de misticismo, surrealista e romântico, com uma temática lúdica, presente no imaginário de muita gente, a produção espera envolver e captar um público extenso, garantindo a propagação da obra para outras praças. Como resultado, espera-se atingir um público estimado em dois milhões de pessoas na faixa etária de 13 a 80 anos de idade entre cinéfilos, remanescentes de comunidades ciganas, jovens e adultos, homens e mulheres das classes sociais A, B e C no Brasil e Exterior.
Ciganos e lenda urbana
Porque um filme sobre ciganos? Ao contrário dos índios, hoje também uma minoria, os ciganos nem sequer são citados na Constituição Federal. A defesa dos direitos e interesses ciganos, no entanto, é bem mais difícil e complexa.
A cultura cigana representa um conjunto de tradições e crenças que desafiam os modelos sociais por defender o direito à diferença. Os ciganos, ao longo da história, são testemunhas do preconceito social e religioso, exatamente por não reconhecerem um Deus próprio, nem sacerdotes, nem pastor. Para os citadinos, cigano muitas vezes é sinônimo de esperto, vagabundo ou ladrão. Esse ranço histórico é cultivado, inclusive, pela literatura em torno de estórias e histórias vividas ou imaginadas.
O filme, com tons de realismo fantástico, tem como fio condutor a passagem dos ciganos pelo sertão e uma lenda urbana de Quixadá que versa sobre uma garota que subia pela parte mais íngreme os 90 metros da Pedra do Cruzeiro sem ajuda de nenhum equipamento. Uma multidão se juntava no sopé da pedra para ver a garota e sua performance. Quando descia, falava para os populares que era um gato que a chamava e a conduzia para o topo da pedra. A história
Sertão do Nordeste brasileiro, tempos atrás. Um grupo de ciganos acampa nos arredores de Quixadá, seguindo a previsão de que um novo tempo se anuncia. Ali passam semanas mudando a paisagem, interferindo no cotidiano do pequeno lugarejo.
Aos poucos se integram à vida da cidade e usando da habilidade para o comércio fazem da feira seu ponto de negócios. Lutando pelo direito de serem aceitos, um pequeno grupo de ciganos envolve-se numa grande confusão, após um rico comerciante local atropelar um Gato Preto, animal de estimação de uma Cigana. Conflito que finda por expulsar a todos os ciganos da cidade. Anos depois, Mariana, filha mais nova da família Amorim, sente-se tomada por uma força indômita que a faz correr pelas ruas de Quixadá e subir pela parte mais íngreme da Pedra do Cruzeiro.
A Cigana do gato morto retorna a Quixadá, agora dona do famoso Circo Estrela do Oriente. Seu filho e Mariana têm um romance proibido que mudará o rumo da história.
A Lenda do Gato Preto foi inteiramente rodado no Ceará tendo como cenários as paisagens de Quixadá e a beleza arquitetônica dos casarões e sobrados de Maranguape.
E não é que o filme Chatô: o rei do Brasil vai sair. Pelo menos é o que garante o autor do livro que deu origem ao longa, o escritor Fernando Morais. Foi ele quem divulgou, na tarde deste domingo, “com exclusividade”, o primeiro trailer do longa que começou a ser produzido em 1995, há vinte anos. “Tenho más notícias para os coleguinhas que urubuzaram o Guilherme Fontes nos últimos anos: o filme “Chatô, o rei do Brasil”, está pronto. Quem viu disse que é o máximo. Para quem não viu, como eu, aqui vai, com exclusividade e em primeiríssima mão (com cacófato), o trailer ainda sem finalização”, disse Morais em sua página no Facebook.
É nítido a passagem de tempo para alguns atores, como Leandra Leal, que ainda era uma menina quando do início das filmagens do filme. Se depender do que é visto no trailer (ainda sem finalização, como disse Fernando Morais), o filme não vai empolgar nenhum pouco. Poderia-se, quem sabe, escrever um roteiro agora sobre a difícil tarefa de um diretor para lançar um filme que custou milhões para ser feito e mais de vinte anos para ser lançado.
Finalmente chegou a notícia que os fãs de America e Maxon tanto esperavam: A Seleção vai virar filme! Os direitos de adaptação dos livros de Kiera Cass foram comprados pela Warner Bros. O time de produtores inclui Denise DiNovi & Alison Greenspan (Se eu ficar, Edward Mãos de Tesoura, Amor a toda prova, Golpe duplo) e Pouya Shahbazian (Divergente, Insurgente). O roteiro será escrito por Katie Lovejoy, da série Drácula.
Ainda não há informações sobre elenco ou previsão de estreia, mas em breve os atores serão anunciados. Pra quem ainda não conhece a história, segue aí uma breve sinopse do livro.
Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço.
É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela.
Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.
A juíza Elanine Faria Evaristo, da 20ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, considerou improcedente uma ação movida por uma antiga funcionária do magnata das comunicações, Assis Chateaubriand, por ter sido citada pelo biógrafo Fernando Morais no livro Chatô – o Rei do Brasil, como tendo sido amante do empresário. Ela pedia indenização por danos morais alegando ter sido ofendida em sua “imagem, honra, boa fama e respeitabilidade”.
“Não se trata de uma vitória do autor, do advogado ou da editora (Companhia das Letras). A sentença da juíza diz respeito a um direito da sociedade: o de se informar, sem qualquer forma de censura, sobre a vida de pessoas que são ou foram importantes para a compreensão do Brasil”, publicou o autor em sua página pessoal no Facebook.
Segundo ele, “agora é torcer para que a corajosa decisão da dra. Elaine Faria Evaristo inspire colegas seus, pelo Brasil a fora, que têm em mãos dezenas de ações tentando, ao arrepio da Constituição, censurar biografias e livros de não ficção”.
Morais lembrou ainda que na próxima quinta-feira estará na França para o Salão do Livro de Paris, onde uma das mesas do evento deve tratar, justamente, sobre o tema. “Vou levar uma cópia da sentença (abaixo), para distribuir entre autores e editores presentes”.
Mais polêmicas de Chatô – Filme completa 20 anos de produção
Alguém fez piada certa vez sobre o filme do Guilherme Fontes, “Chatô – O Rei do Brasil”, que é baseado na vida do magnata brasileiro das comunicações Assis Chateaubriand. Disseram que, antes mesmo de Richard Linklater e seu Boyhood (que durou 12 anos de produção), Fontes já havia batido o recorde de filme mais demorado do mundo. E a cada ano que passa, o ator e diretor parece que supera o próprio recorde, e segue sem lançar o longa mais esperado do cinema brasileiro.
No fim do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) negou recurso apresentado pelo cinesta contra decisão que o condenou a ressarcir os cofres públicos por irregularidades no uso de dinheiro captado para a filmagem de “Chatô, o rei do Brasil”, longa-metragem dirigido por ele desde 1995. Fontes foi condenado a devolver R$ 66,2 milhões, além do pagamento de R$ 5 milhões em multas. Ele decidiu recorrer da decisão.
De acordo com o tribunal, o ator e sua empresa, a Guilherme Fontes Filmes, se valeram de leis de incentivo à cultura para captar R$ 8,6 milhões para a produção do filme, que nunca foi entregue. O ator chegou a apresentar uma versão de “Chatô” ao Ministério da Cultura, mas ela não foi considerada pelo TCU como prova de conclusão do trabalho.
A corte determinou a ele que devolva à União os R$ 8,6 milhões corrigidos, que hoje somam R$ 66,2 milhões. Além disso, por irregularidades verificadas no uso dos recursos, Fontes e sua empresa foram multados em R$ 2,5 milhões cada. Portanto, o valor total do ressarcimento é de 71,2 milhões, e o prazo para pagamento é de 15 dias após notificação.
Em 2012, Fontes já havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) a pagar uma indenização de mais de R$ 2,5 milhões à Petrobras Distribuidora e à Petrobras S/A, com correção monetária e juros. O ator recebeu das empresas recursos para realizar o filme.
“Chatô, o rei do Brasil” foi baseado no livro de mesmo nome, escrito por Fernando Morais. A obra conta a história de Assis Chateaubriand, jornalista e empresário que nos anos 1920 fundou os Diários Associados, grupo de mídia que engloba jornais, emissoras de rádio e de TV.
Na ocasião, o diretor disse que antes do Natal iria iniciar o lançamento do filme, o que não aconteceu. “A partir de dezembro inicio o primeiro dos 10 previews oficiais que faremos em todo o Brasil. O filme mais falado e aguardado de todos os tempos, contra tudo e contra todos, vai acontecer. E desculpe estou muito feliz com isso”, disse ele em nota. Vale salientar que, neste ano de 2015, o filme completa 20 anos do início de sua produção.
O diretor de Alice no País das Maravilhas, Tim Burton, vai dirigir uma versão em live-action do clássico da Disney Dumbo. Ehren Kruger, roteirista de três filmes da franquia Transformers, já tem um rascunho da história, e de acordo com informações do Wall Street Journal, os executivos da Disney ficaram satisfeitos com o roteiro e querem o criador de Edward Mãos de Tesouras na direção.
A trama original conta a historia do elefantinho Dumbo, que é ridicularizado em um circo por ter as orelhas grandes, por não se adequar a seu meio, por ser diferente. Dumbo conta com a ajuda de um ratinho, e trabalha para demonstrar seu potencial. Segundo informações, o filme será uma mistura de live-action com animação, como também foi feito em Alice.
Depois do sucesso de Alice e Malévola, a Disney resolveu investir no desenvolvimento de seus clássicos animados com recursos live-action. Cinderella, que deve estrear no início de abril no Brasil, é uma dessas aposas, que também vai contar com um dos maiores sucessos da empresa, A Bela e a Fera, que será estrelado pro Emma Watson, Dan Stevens e Luke Evans.
Filme mais badalado do início do ano, Cinquenta Tons de Cinza arrecadou somente na primeira semana de lançamento nada mais e nada menos que 239,6 milhões de dólares em todo o mundo. Nada mau para uma produção cujo orçamento foi de apenas (“apenas” para os padrões hollyoodianos) 40 milhões de dólares. No Brasil, como o lançamento foi feito em período de Carnaval, Cinquenta Tons só arrecadou próximo de 9 milhões de dólares.
Somente nos Estados Unidos, o filme obteve arrecadação de mais de US$80 milhões, o dobro de seu orçamento. A Universal Pictures comemora o fato de a produção ter arrecadado somente na Inglaterra mais de 21 milhões de dólares, sendo seguida por França com 12 milhões, e Rússia (sim, a Rússia) com 10,5 mi.
Cinquenta Tons de Cinza é baseado no romance erótico bestseller da escritora Erika Leonard James e retrata a história de Anastasia Steele, uma jovem de 21 anos que está cursando a Faculdade de Literatura, e após entrevistar o magnata Christian Grey para o jornal da faculdade, passa a ter um relacionamento com ele.
Em meio ao luxo, Anastasia descobre o mundo do sadomasoquismo, com ricos detalhes de bondage, sadismo e masoquismo. Li por aí muitas críticas negativas ao filme, assim como já tinha visto algo semelhante sobre o livro. O IMDB, por exemplo, deu nota 3.9 para Cinquenta Tons, já no Rotten Tomatoes a pontuação está em 26% de um total de 100%. Apesar das posições contrárias, a produção tem chamado a atenção do público feminino, principalmente, daquelas que querem saber se as cenas picantes do livro estão contidas no longa.